É comum se achar que com uma ideia brilhante e com dinheiro é possível levar adiante um empreendimento. Assim, achar que vai dar certo não é critério para desenvolver um empreendimento. Por outro lado, o dinheiro não é tão difícil de se conseguir. O complicado é manter o negócio e até ter lucro. Um erro fatal é ter pressa. Mapear cada despesa, cada centavo gasto para manter em operação a empresa. Faça um fluxo de caixa rigoroso. A falta de controle financeiro é um dos venenos mais mortais para toda e qualquer empresa, seja pequena ou grande.
A mentalidade de que a contabilidade só serve para atender a legislação governamental precisa mudar. Contabilidade é essencial. Se bem feita, ela registra todo o passado, aponta caminhos no presente e projeta o futuro da empresa. Com números confiáveis, sabe-se quanto faturou, qual é o custo da operação, a margem de lucro, a despesa financeira, entre outras inúmeras informações, que são a base da análise gerencial.
Os empreendedores costumam tomar decisões baseados mais em otimismo lúdico do que pesando racionalmente a possibilidade de ganhos e perdas. Superestimam os benefícios, subestimam os custos e constroem cenários de sucesso. Como resultado, tais pessoas adotam iniciativas que dificilmente cumprirão, como também investimentos que nunca darão retorno. Os otimistas tendem a viver num mundo de ilusões. Eles, frequentemente, atribuem seus sucessos à própria habilidade e os fracassos à falta de sorte.
Empreendedores predispostos ao pessimismo usam sua ansiedade como preparação para o momento em que terão de agir. O pensamento negativo concreto e detalhista pode ajudar os empresários a antecipar coisas, que possam dar errado, e a mais bem planejar, para evitar resultados ruins.
É difícil crescer rapidamente. A chave da questão está no sistema de gestão, que deve acompanhar a expansão do negócio. Se os controles não forem rigorosos, o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Assim, muitas das conquistas obtidas ficam comprometidas. Observe que há uma diferença enorme entre controlar e centralizar. No início da empresa, um empreendedor tende a fazer os dois. Mas, se mantiver a mesma postura no momento de expansão, vai causar confusão e conflito.
* Nelson Pereira da Costa é professor e autor de diversos livros de Gestão Corporativa.
E-mail: nelson_pecos@yahoo.com.br
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